sábado, 6 de julho de 2019

Obrigado, João. Obrigado, pai

Por Murillo Victorazzo

Samba, samba-canção, samba sincopado, Bossa Nova. A minha brasilidade orgulhosa se alimenta daqui. Aprendi com meu pai. Não me faltam lembranças de minha infância vendo-o se deliciar com Vinicius, Tom, Toquinho, Nara, João e cia. Que imensuravelmente rica esta herança... Saudades de compartilhar com ele, entre goles de um bom malte, a beleza sutil das letras e melodias de um gênero que tanto nos traduz aqui e no exterior.

Só aos craques se permite personalidades antissociais, às vezes, insuportáveis. Nada ofusca a genialidade. Bastam um banquinho e um violão. O que hoje posso mais fazer por João Gilberto a não ser lhe agradecer com aplausos de pé e torcer para as novas gerações nunca relegarem o que a música brasileira, tão admirada no mundo, tem de melhor? A Bossa Nova é atemporal. Agrada a todos. Até porque “no peito dos desafinados também bate um coração”. Muito obrigado, João.