Não, não é um protesto contra o fim da obrigatoriedade de diploma para exercer o jornalismo. Vejo, aliás, prós e contras na resolução do STF. A qualificação profissional se torna ainda mais necessária. Ser jornalista diplomado é orgulhosamente um diferencial. E o blog serve para exteriorizar algumas ideias, destacar notícias que me chamem a atenção e recordar matérias por mim assinadas (publicadas ou não).
sábado, 26 de fevereiro de 2022
Putin e a volta da hegemonia realista
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
O custo da ideologia em política externa
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
Jogada de alto risco para Putin
Por Murillo Victorazzo
Ao reconhecer a independência das províncias separatistas ucranianas de Donetsk e Luhansk, Putin fez, na segunda-feira, 21, um dos mais estarrecedores discursos de chefes de Estado nas últimas décadas. Foi além de contestar o governo estabelecido do país vizinho ou defender-se da expansão da OTAN em direção a suas fronteiras. De forma não tão sutil negou o direito de existência de um país soberano, em inquestionável rompimento com o direito internacional, a partir de interpretações históricas.
"A Ucrânia nunca foi um Estado verdadeiro", disse em cadeia nacional de televisão. Uma frase com uma dedução implícita: se um país é artificial, não há motivo para respeitar sua soberania. Simpatia ideológica alguma deveria ser tentar negar a gravidade da afirmação. Remeteu-nos a líderes de séculos passados que evocavam para si o direito de (re)desenhar fronteiras sob argumentos que lhes convinham. Ou, guardadas as proporções, ao terrorismo do Hamas, para quem Israel não tem legitimidade como Estado, não importa dentro de quais fronteiras. A quebra de promessa feita três décadas atrás pela aliança transatlântica parece apenas ter aflorado sua concepção pan-russa de nacionalismo, inspirada no Império Russo.
A base teórica, contudo, vem de antes dos czares. Vem da Kiev Rus, a medieval federação eslava cujos territórios abrangiam o que hoje é Ucrânia, Bielorrússia e parte do oeste russo. Sua capital era a atual capital ucraniana, o que leva muito russos a considerarem Kiev o berço de seu país. Um nacionalismo calcado assim na união da Grande Rússia (Rússia), Pequena Rússia (Ucrânia) e Rússia Branca (Bielorrússia), com tradições culturais, linguísticas e o cristianismo ortodoxo em comum.
No revelador discurso, Putin voltou cem anos no tempo e aproveitou para reforçar sua política de desconstrução do legado histórico comunista. Disse, em tom crítico, que a "Ucrânia moderna" era resultado da "política bolchevique": "A Ucrânia de Vladimir Ilyich Lenin. Ele é seu autor e arquiteto".
As enfáticas palavras se referiam à autonomia, com delimitações de fronteiras, dada à Ucrânia soviética nos anos pós- Guerra Civil (1917-1922). No entendimento de Lênin, a maneira mais eficaz de atrair elites e camponeses ucranianos para o projeto de industrialização soviético. Alguns privilégios e a manutenção de terras privadas fizeram parte do pacote. O progresso social decorrente reforçaria o Estado multiétnico comunista em detrimento de sentimentos nacionalistas. Afinal, o marxismo prometia um mundo livre de nações.
No entanto, a fim de defender o "socialismo em um país só", Stálin rompeu com o acordo e esmagou, política e militarmente, inclusive com extermínios em massa, minorias étnicas internas vistas como ameaças ao regime, à época uma gigantesca ilha cercada por imperialistas e capitalistas. Temia ele a cooptação delas por Japão, Alemanha ou Polônia. A consciência nacional de camponeses ucranianos era, para o ditador, ainda mais perigosa por haver na região expressiva minoria polonesa. Apenas com o fim da União Soviética, no início da década de 90, a Ucrânia se viu independente. Hoje o "imperialismo" norte-americano, na forma da OTAN, é a justificativa de Putin.
O líder russo elevou a pressão sobre Joe Biden e aliados. Calculou que os custos das sanções estabelecidas são, por hora pelo menos, menores que os benefícios. Sabe as restrições de um presidente sob freios e contrapesos institucionais, popularidade em queda e forte oposição interna, cenário oposto ao dele. Os Estados Unidos não entrarão em guerra direta em uma região que não é prioritária para sua segurança. Mais de dois terços dos norte-americanos são contra engajamento de porte semelhante.
Mas Putin, embora visto como grande estrategista (o que de fato é) pode ter apostado alto demais. Até pouco tempo atrás, a OTAN parecia ser uma entidade moribunda, em meio a divisões e dúvidas quanto sua razão de ser. Trump fazia questão de mostrar seu desapreço por ela. Em constante briga com os aliados tradicionais dos Estado Unidos, reclamava que eles não cumpriam metas de investimento em defesa enquanto aumentavam acordos econômicos com a Rússia, como no caso do setor de energia alemão.
Afora as teorias mal esclarecidas e bastante contaminadas pela disputa eleitoral interna sobre sua relações com Trump, a debilidade da OTAN em muito explica por que o líder russo optou por não mostrar suas garras durante aquela gestão. O Kremlin não se via ameaçado. Tampouco é coincidência uma nova ofensiva em meio à curva ascendente do preço do petróleo, assim como em 2008 e 2014, nas invasões da Georgia e Crimeia. Quanto maior a receita acumulada, maior o colchão para amortecer o impacto de sanções.
Biden foi eleito prometendo reforçar os laços ocidentais desgastados pelo unilateralismo do antecessor. A atitude de Putin ajudou-lhe a concretizar o intento. O anúncio do congelamento do licenciamento do enorme gasoduto Nord Stream 2, motivo de dissenso interno no governo alemão até poucos dias atrás, é forte sinal de unidade da aliança. Metade do gás utilizado pela Alemanha vem da Rússia. O empreendimento reforçaria esses laços com a Europa toda. Países neutros como Suécia e Finlândia, esta vizinha à Rússia, viram reavivar em suas opiniões públicas o debate sobre adesão à organização norte-atlântica.
Putin reconheceu o território inteiro das duas repúblicas do Donbass (hoje os separatistas controlam apenas um terço) e fez três exigências a Kiev: renunciar à OTAN, reconhecer anexação Península da Crimeia e a desmilitarização de armas pesadas. Sim, a mesma Rússia que, em 1994, em troca da entrega do arsenal nuclear soviético na Ucrânia (o terceiro maior do mundo à época), prometeu, em acordo com Reino Unido e Estados Unidos, manter a integridade e soberania do país vizinho. As exigências não serão acatadas, pois seriam uma capitulação indireta. Crescem as chances de confronto militar entre os dois países e não limitado àquelas regiões.
Para o Kremlin, o ideal teria sido concretizar o Protocolo de Minsk, enterrado definitivamente após o reconhecimento de independência, ato justificado pela descrença em qualquer consenso diante das hesitações de Kiev. O vácuo legal estava, segundo Putin, permitindo o "genocídio" de cidadãos russos no leste. Foram cruciais para o esfarelamento do acordo a indefinição sobre o tipo de autonomia a ser dada a Donetsk e Luhansk. Uma Ucrânia federalizada, com essas regiões com poder de veto em assunto de defesa, jamais prosseguiria na adesão à OTAN. Contudo, agora, restringir a anexação a essas províncias, sob o eufemismo de "forças de paz", não apenas não interromperá como reforçará a contínua cooperação econômica e militar da Ucrânia com o Ocidente, mesmo que fora da organização.
"Conforme o tempo passar, Moscou terá um vizinho mais forte", adverte Felipe Loureiro, professor de Relações Internacionais da USP. E, acrescente-se, embora retalhado, sem mais separatistas e tropas estrangeiras em seu território, empecilhos a processos de adesão à OTAN. Os incentivos são, portanto, prosseguir até Kiev, ainda que se limite a derrubar o governo pró - Ocidente de Zelensky. De qualquer maneira, seja ocupação ou deposição, a agressão tenderá a acarretar algum tipo de resistência civil no oeste, norte e capital, tragando possivelmente o pais para uma guerra civil. A Ucrânia pode tornar-se o Afeganistão de Putin.
Ao insinuar estar disposto a redesenhar fronteiras "artificiais", o autocrata russo arrisca-se a ver países que pertenceram ao Império Russo e outros vizinhos correrem para o colo de uma potência mais forte, no caso uma OTAN mais coesa. Tanto através de maior mobilização de tropas e equipamentos nos já integrantes como pedidos de adesão de outros.
Ao contrário do que, às vezes, aparenta-se ignorar, a candidatura não é fruto de coerção, mas sim uma opção estratégica de cada país, resultante de debates políticos internos, com, claro, influências de ambos os lados. Em 2019, por exemplo, a Ucrânia incluiu em sua Constituição, após ampla aprovação no Parlamento, o compromisso de "obter o pleno pertencimento à OTAN e à União Europeia". Gostemos ou não do perfil extremista de alguns parlamentares, uma decisão legítima, legal e soberana. Uma escolha em que traumas de subjugações passadas pesam muitas vezes.
Putin provavelmente conseguirá de algum modo afastar a Ucrânia do Ocidente. O preço, entretanto, poderá ser alto demais, elevando a tensão no leste europeu de forma permanente e com o inimigo reforçado não muito longe de suas portas, enquanto gere um conflito militar interno de proporções desconhecidas em seu quintal preferido. Considerados grandes estrategistas, Napoleão e Hitler apostaram alto demais coincidentemente também naquelas redondezas, ironicamente, porém, contra os russos. Arrependeram-se eternamente.
sábado, 19 de fevereiro de 2022
Que tal ouvirem os ucranianos?
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
O meme como política externa
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022
Não culpem a vítima
Por Murillo Victorazzo
Uma das bases teórica do antissemitismo nazista talvez seja umas das primeiras “fake news” da História: os Protocolos dos Sábios de Sião, falso texto produzido no final do sec XIX por grupos ligados ao czar russo. No livro - distorções de um congresso religioso - haveria as provas do plano judeu de dominar o mundo.
Na Alemanha, foi publicado no final da I Guerra Mundial, momento em crescia o sentimento de humilhação entre os alemães. Entre seu leitores, Hitler, para quem o judaísmo, assim, seria o responsável pelos males do país: tanto o capitalismo liberal ( “banqueiros”, “mídia”) como o socialismo/comunismo (além de Marx, Trotsky e outros dirigentes tinham ascendência judaica).
Afirmar que a repercussão do caso Monark deveu-se porque “judeus têm muito poder” é, portanto, reverberar, de certa forma, o antissemitismo. Se chorumes sobre racismo (contra pretos) e homofobia ditos recentemente não tiveram o mesmo resultado, foi porque esse país não se olha no espelho, não quer desnaturalizar seus males estruturais, cujos sintomas imageticamente mais sutis ajudam os sofismas do preconceituoso e suas indignações seletivas. Diz mais sobre o Brasil como nação.
Os alemães sentem e difundem a vergonha de seu passado. O nazismo, que perseguiu também outras minorias, é a política de desumanização de grupos raciais (vistos como ameaça ou inferioridade) mais escancarada do séc. XX mundial. Não culpem a vítima.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022
Olavão e o bolsonarismo, o capítulo final
Por Wilson Gomes* ( Revista Cult, 28/01/2022)
Nesta semana morreu pela última vez Olavo de Carvalho. Já havia sido dado por morto algumas vezes, inclusive politicamente, mas esta foi a derradeira. Morreu “por cima”, embora em evidente decrepitude, pois poucos ideólogos tiveram a fortuna de falecer enquanto seus alunos e seguidores assentavam-se no trono ou se espalhavam pela corte como vencedores.Há de ser por isso que foi objeto de uma das raras manifestações de pesar emanadas pelo presidente da República, que decretou um dia de luto oficial e declarou que havia morrido um gigante na luta pela liberdade e um farol para os brasileiros. Todos sabem o quanto Bolsonaro e o bolsonarismo lhe devem, mas essa relação era complicada.
De uma maneira paradoxal, Olavo de Carvalho foi efetivamente um sujeito brilhante, a começar pela habilidade de autopromoção. Um homem que, a despeito de ser versado apenas em astrologia e autoindulgência, conseguiu convencer milhões de adultos, dentre os quais uma dúzia de pessoas razoavelmente inteligentes, de que era um pensador profundo e original.
Não era. Era um leitor tendencioso, superficial e de interpretações forçadas do pensamento alheio, e, sobretudo, era um escritor de pensamento confuso, raso e contraditório que citava muito e assimilava nada. Era basicamente um autodidata, portanto, sem formação consistente no sentido estrito do termo, que escolhia as obras que lia segundo suas intenções beligerantes, e as lia apenas para confirmar o seu ponto de vista ou para refutar o que se chocava com suas crenças. Nunca para realmente entendê-las.
Por outro lado, escrevia e falava como um pregador que conhecia bem o coração do seu auditório e sabia para onde levá-lo. Sobretudo porque dele se acercavam outros autodidatas, gente sem formação nem discernimento, aquela típica população em que o sujeito nem é muito estúpido nem muito inteligente, até se vira com ideias e leituras, mas é incapaz de uma interpretação profunda e de perceber contradições e falácias. Nem tem instrumentos intelectuais para contestar o mestre. Por isso a anedota corrente, atribuída a Ruy Castro, não sei se é verdade, de que Olavo era considerado um imbecil pelos filósofos e um filósofo pelos imbecis. Assino embaixo da primeira parte.
Por mais de 30 anos, Olavo foi uma espécie de napoleão de hospício: alucinado, preso em seus devaneios e com delírios de poder. Considerava-se imenso e o repetia com despudor. Mas foi um napoleão que conseguiu convencer todo o sanatório, médicos e enfermeiros inclusive, de que era o próprio Bonaparte. Olavo suspeitava que era o Deus Optimus Maximus, seus seguidores têm certeza disso. Sorte a dele, pois como se diz naquele ditado romano, beati monoculi in terra caecorum.
Por isso mesmo, foi tão influente. Olavão teve o mérito de coletar todos os delírios da direita norte-americana, empacotá-los de maneira atraente para os conservadores brasileiros, dar-lhes um verniz pretensamente intelectual, com o famoso truque da chuva de citações, como se decorressem de investigações profundas e de reflexões densas e originais. Com isso, o maluco à cata de uma causa, o conservador complexado que se orientava por sentimentos reacionários, mas não tinha argumentos para sustentá-los, o fanático fundamentalista político que precisava situar o seu ódio em algum projeto existencial, o wannabe intelectual carente de um mestre, toda essa gente passou a ter um eixo, uma agenda, um conjunto de crenças que estruturavam minimamente a nebulosa de sentimentos e intuições que habitavam.
Esse foi um papel exercido de forma magnífica por Olavão, que representou muito bem o personagem do profeta destemido e desbocado, afrontoso e planejadamente desagradável, cujo estilo era baseado no insulto, no insistente autoelogio e na degradação dos adversários. A polêmica na sua forma mais vulgar, a da briga de rua, do vale-tudo, da difamação do adversário, era base do seu estilo. Olavão era o rei do ad hominem, o príncipe do xingamento, o imperador dos impropérios. E ai de quem fosse por ele transferido do catálogo de seguidores e aliados para a caixa dos ingratos, traidores e detratores, tratado doravante por apelidos degradantes e objeto dos ataques e da fúria do mestre que os excomungara.
Por outro lado, Olavo de Carvalho antecipou em mais de uma década a transformação digital da pregação e da discussão política. Quando os intelectuais brasileiros consideravam “a internet” uma coisa elitista, sem alcance e esvaziada de sentido, Olavão já estava fazendo discípulos e aliciando para os seus cursos online no Orkut. Pelo menos uma década antes que a expressão “influenciador digital” aparecesse no jornalismo popular, Olavão já doutrinava no YouTube. Olavo plataformizou a formação de seguidores quando isso tudo ainda era mato.
Por fim, devo dizer que se engana, contudo, quem acha que o olavismo é igual ao bolsonarismo ou que exista uma continuidade entre uma coisa e outra. É certo que o olavismo precedeu em mais de duas décadas o bolsonarismo, é exato considerar que Olavo foi uma espécie de João Batista para Jair, mas entre os dois há continuidades, sim, mas muito mais descontinuidades.
Primeiro, o bolsonarismo é um movimento social e uma forma de militância, o olavismo é uma ideologia ou, para não lhe conceder mais do que merece, um conjunto de premissas ideológicas que vertebrou o bolsonarismo. Se é demais dizer que moldou o pensamento bolsonarista (o bolsonarismo dificilmente pode ser acusado de pensar), pelo menos lhe deu os slogans, as palavras-chaves, as figuras do imaginário e uns scripts fundamentais para usar nas suas histórias e nos complôs que imagina. Sem falar na inspiração para a afronta, para uma atitude beligerante perpétua, para transformar todos os críticos em comunistas, para ganhar discussões sem ter razão, à base de ofensas, palavrões e acusações.
Segundo, mesmo quando o olavismo conseguiu se institucionalizar, com olavistas ocupando, por exemplo, postos-chaves nos Ministérios da Educação ou das Relações Exteriores, isso durou pouco, pois não resistiu ao conflito com outras forças políticas que competem no interior do bolsonarismo, como os militares e os partidos fisiológicos de direita. Logo, logo, o “núcleo ideológico” do governo, o olavismo institucional, foi abandonado.
Por isso mesmo é que Olavão morreu brigado com Bolsonaro. Ele não só já não era mais necessário ao governo, como havia se transformado em um estorvo para os Bolsonaros, com seu ego imenso para o qual eles tudo lhe deviam e não pagavam como era de se esperar, com a sua enorme capacidade de fogo cerrado contra quem há pouco era amigo, com a sua habilidade para procurar brigas e fazer inimigos.
Terceiro, Olavo era de certo modo muito mais radical que Jair. Por seu desejo expresso, isso aqui já era para ser uma ditadura militar faz tempo, com esquerda fuzilada, prisão e tortura de opositor. Ele achava os militares uns frouxos e Bolsonaro um incapaz, além de pouco inteligente, ambos por não terem radicalizado a conquista do poder pela direita conservadora. É que Olavo, diferentemente de Bolsonaro e dos militares, vivia perenemente no mundo da vontade e da representação. Tinha, portanto, a liberdade de vociferar o que quer que lhe passasse pela cabeça. Cabeça esta que morreu sem jamais ter sido visitada por qualquer ideia democrática, republicana ou liberal.
Por fim, Olavo desprezava a inteligência de Bolsonaro e dos bolsonaristas. Achava-os incapazes e estúpidos e repetia isso toda a vez que não se sentia reconhecido ou recompensado. Quanto a isso… bem, sobre isso não há dúvida, tenho que concordar, enfim, com os seus discípulos: Olavo tem razão.
* Wilson Gomes é doutor em Filosofia, professor titular da Faculdade de Comunicação da UFBA e autor de A democracia no mundo digital: história, problemas e temas.