terça-feira, 7 de maio de 2013

OMC: eleição em ótima hora

Por Murillo Victorazzo

A eleição do brasileiro Roberto Azevedo para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) é inegavelmente a principal vitória de nossa diplomacia nos últimos anos. Se, por um lado, o Brasil é ainda um país relativamente fechado ao comércio exterior, por outro, é reconhecidamente um dos maiores defensores do multilateralismo.

 Embora Azevedo deva ser, a partir de agora, menos diplomata nacional e mais dirigente internacional, responsável pela busca por consensos na entidade, sua eleição vem em ótima hora para os interesses do Itamaraty, não apenas pelo óbvio papel protagonista que o país adquire.

Se conseguir algo como o destravamento da Rodada de Doha, Azevedo fortalecerá o multilateralismo em um momento em que pipocam por todos os cantos do mundo acordos bilaterais, prática pouco perseguida em Brasília, e embriões de novas zonas de livre-comércio, como o Acordo Transatlântico (EUA-UE) e a Parceria Transpacífico (TPP). Ganharia a OMC e ganharia a política externa brasileira.

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