Por Murillo Victorazzo
Meses atrás, o passaralho passou no Globo. Depois, na Band. Parece que ontem foi no Estadão. Mais do que nunca, ser jornalista no Brasil é para os fortes.
Mas, apesar de tudo, das dificuldades no mercado de trabalho, do pouco reconhecimento salarial, da má qualificação de vários, da distorção de alguns, tanto os chapa-brancas quanto os visceralmente antigovernos, que preferem o proselitismo e o discurso panfletário ao dever de informar e interpretar os fatos, dando a César o que é de César, ainda me orgulho de pertencer à categoria.
Embora aquele jornalismo romântico tenha ficado em algum canto dos corredores da faculdade, não deixei de crer no jornalismo de qualidade, aquele que, como defendia o "mestre" Cláudio Abramo, é "o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter". E se ainda creio nisso, é pelo caráter e competência dos com quem convivo ou convivi nestes anos de profissão.
O maior valor de um país é a liberdade, e não se busca nem se pratica a liberdade sem jornalista. Parabéns, coleguinhas! (P.S: aos que desconhecem o jargão jornalístico, passaralho é demissão em massa)
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