As segundas-feiras sempre trazem consigo um pouco de melancolia. Esta melancolia só aumenta quando a gente lê que um ídolo morreu.
Craque dentro de campo, com a elegância do toque de um violino, não por acaso seu apelido, e técnico vitorioso - ser duas vezes campeão brasileiro (fora estaduais e Mercosul), pegando times desacreditados e levando-os ao topo, é para poucos -, sempre pelo seu time de coração, do qual era cria legítima e nunca se distanciou até seus últimos dias, Carlinhos merece muito mais que um minuto de silêncio e a já existente estátua. Merece a gratidão e carinho eternos de todo rubro-negro de verdade, aquele que conhece e valoriza a história do Mais Querido.
Eu, que tantas vezes, até ele ficar doente, vi aquele senhor simples, franzino, de fala mansa, indo a pé para a Gávea ou tomando humildemente seu chopp nos bares ao redor do clube e, sempre que podia, fazia questão de cumprimentá-lo e agradecê-lo, pensando comigo mesmo como ele podia ser tão diferente de vários "professores" engomados, presunçosos, bravateiros, mal-educados, nervosinhos à beira do campo, supervalorizados, muitos dos quais sem os troféus que ele conquistara, só posso novamente dizer: Valeu, Carlinhos! Obrigado do fundo do coração.
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