quinta-feira, 4 de maio de 2017

Eduardo Batista: a queda anunciada que é a cara do futebol brasileiro

Por Murillo Victorazzo

Um treinador sem currículo pega o elenco campeão brasileiro reforçado, o mais caro do continente. Escolha duvidosa. Faz a melhor campanha no Estadual, mas, na semifinal, apanha feio de clube menor e é eliminado. Ok, Estadual pouco vale, serve só para balançar treinador, não dizem?

O que importa é a Libertadores. Nela, depois de duas vitórias na bacia das almas, a liderança do grupo se consolida com uma virada histórica no Uruguai, em meio a pancadaria generalizada. 

Pressionado, após o jogo, ele extravasa histericamente contra a "imprensa", para delírio dos torcedores, que, uma hora antes, desejavam sua cabeça. Mais do que nunca, hoje, bater na "mídia vendida" e "fofoqueira", que só quer "desestabilizar" seu time, tem poderes catárticos. 

Bom, segundo alguns jornalistas, agora vai: vitória assim irá fortalecer time e treinador e uni-los à torcida. Vão engrenar e jogar de acordo com a expectativa gerada por elenco tão caro, desproporcional ao peso do nome do comandante. Uma semana depois... derrota na altitude boliviana e, apesar da classificação praticamente garantida, sua demissão. Fritura de cinco meses.

A queda de Eduardo Batista pelo Palmeiras, além de ser a crônica da morte anunciada, é a cara do futebol brasileiro, incluindo todos seus atores: dirigentes, jogadores, torcedores e comentaristas.

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