sábado, 25 de agosto de 2018

A John McCain, meus respeitos

Por Murillo Victorazzo

Jonh McCain foi contra a nomeação da indicada por Trump para a direção da CIA por ela, acusada de conveniência com a tortura no passado, negar-se a reconhecer a prática como imoral. Torturado por vietnamitas, ele sabia o quão abjeta esta é. O mesmo Trump, aliás, que o ridicularizou por sua prisão na guerra, afirmando que heróis não são capturados.

Antes de morrer hoje, McCain deixou pedido para o democrata Obama, adversário nas civilizadas e históricas eleições de 2008, ser orador em seu velório - e que o atual presidente não compareça. Era uma das vozes mais antagônicas a Trump entre os republicanos. Sabia que ele não representava os tradicionais ideais do partido.

Bons tempos em que as vozes à direita eram McCain e não Trump ou Bolsonaro, aquele que por aqui faz apologia a torturador, debocha de mulher grávida torturada com cobra nas partes íntimas, como a jornalista Miriam Leitão e, por exemplo, pensa que carta branca para policial matar é política de segurança pública.

McCain, o republicano que a gente respeitava. Descanse em paz.

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