terça-feira, 21 de setembro de 2021

Na ONU, Bolsonaro não é levado a sério

 Por Murillo Victorazzo

"O Brasil tem uma forte legislação ambiental", disse Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da ONU. Só não disse obviamente que, desde sua campanha eleitoral, passando por quase três anos de governo, tudo que fez foi gritar contra ela; propor e apoiar projetos no Legislativo e recursos no Judiciário que a enfraquecem; e desmontar as instituições que a fiscalizam. 

Uma legislação que dizia ser "xiita", formulada ao longo das décadas do "socialismo" que só ele e seu grupelho viram por aqui. Os dados dos próprios órgãos de Estado ( que ele não cansa de fragilizar) evidenciam as consequências desse boicote.
 
Não bastante, atacou as políticas de distanciamento social, acusando os governadores, diante de uma plateia repleta de governantes que a praticaram, alguns de forma mais severa, como os governos DIREITISTAS do Reino Unido, Chile e Israel, para dar apenas três exemplos. Ofende indiretamente outros chefes de Estado em um evento feito para estimular a cooperação internacional.

Bolsonaro é refém de seu personagem. Entre a retórica radicaloide de seu mundo paralelo e a realidade, cai em contradição e rompe pontes, com consequências práticas internas e externas. O resultado é o descrédito, o isolamento e a ridicularização internacional. O Brasil não é levado a sério.

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