quinta-feira, 24 de abril de 2014

Gracias, Gabo!

Por Murillo Victorazzo

A segunda obra mais importante de toda a literatura hispânica, atrás apenas de "Dom Quixote de la Mancha", do espanhol Miguel de Cervantes. O título bastaria para expressar a dimensão de "Cem anos de solidão". Mas Gabriel Garcia Márquez foi mais: mais livros, mais importância. Ele, inclusive, considerava "O amor em tempos do cólera" seu melhor produto.

Com seu realismo mágico, Gabo, como era chamado, conseguiu, em um mundo hegemonizado pelos valores europeus e norte-americanos, demonstrar o quão rica é a cultura da nossa América Latina - por mais que muitos aqui, eternos portadores do complexo de vira-latas, só desejem assimilar o que vem lá de cima. Colocou a região em lugar de destaque na literatura mundial.

Alguns até podiam torcer o nariz para suas convicções políticas. A resistência em criticar a ditadura do amigo Fidel Castro a estes dá certo grau de razão. Mas, assim como com outros artistas, seu legado nada tem a ver com suas preferências pessoais. A repercussão  mundo afora de sua morte é a prova definitiva de seu significado. (acima a capa da edição impressa do jornal espanhol El País no dia seguinte ao falecimento)

É, acho que, neste feriado, vou me embora para Macondo. Lá não é Pasárgada; lá não sou amigo do rei. Mas, de histórias fantásticas, tenho certeza que me enriquecerei...Gracias, Gabo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário