quinta-feira, 20 de julho de 2017

A cara da Câmara Federal

Por Murillo Victorazzo

Ele apareceu para o Brasil na sessão do impeachment de Dilma, quando, envolto à bandeira do Pará, soltou da tribuna rojões de confetes para festejar seu voto contra a presidente "por um Brasil limpo".

Com oratória direta e populista típica do radialista que é, cabelo pintado e plástica escancarada, foi eleito pelo PMDB e agora é filiado ao Solidariedade (SD) - legenda criada pelo notório Paulinho da Força para ser mais uma daquelas com muita boca por cargos e pouco cérebro para pensar o país. Esta semana, nos jornais, apareceu sem cerimônia pedindo umas "boquinhas" a Temer.

Cassado pelo TRE em fevereiro (recorre no cargo ao TSE) por uso de caixa dois em campanha e investigado no STF por contratação de funcionários fantasmas para seu gabinete, Wladimir Mota pode ser considerado o retrato perfeito não apenas de seus partidos como da média da Câmara dos Deputados atual, o "baixo clero": fisiológico, tosco, grosseiro, explicitamente cínico, resume sua atuação a clientelismos e emendas paroquiais, com pouca visão de mundo e nenhum discernimento sobre o papel e a postura esperados de um parlamentar. 

Grotesco por fora e por dentro. Pobre Brasil.

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