terça-feira, 17 de abril de 2018

Rebelo: o triste fim de (mais) um ex-comunista

Por Murillo Victorazzo

Quadro histórico do PCdoB e ministro de várias pastas nos governos do PT, Aldo Rebelo se transferira para o PSB em setembro passado. Lá pouco tempo ficou, dizendo “não se sentir confortável” com a presença de Joaquim Barbosa, possível candidato à Presidência pela sigla.

Quem já leu entrevistas de Barbosa ou se recorda de suas posições em votações no STF e CNJ sabe que o ex-presidente da Corte pode ter vários defeitos, mas de direita não é - exceto, claro, para petistas, para os quais aquele que ousa ir contra Lula é “fascista” ou “conservador”. Condenar o “guerreiro do povo brasileiro”José Dirceu e outros será sempre imperdoável.

Barbosa, por exemplo, já se mostrou contra o Estado mínimo ultraliberal, simpático a ações afirmativas e ideias progressistas de costumes e declarou-se eleitor de Lula e contra o impeachment de Dilma. Até por isto, grupos de bolsonaretes e assemelhados o têm chamado de “cavalo de Troia”: sua atuação no mensalão teria sido disfarce de um “socialista” para penetrar nas hostes da direita.

Rebelo preferiu ser pré-candidato ao Planalto pelo Solidariedade (SD) e ser companheiro de Paulinho da Força (à dir.) e Wladimir Costa (à esq.), o bizarro deputado da tatuagem de Temer, ambos com ficha corrida condenável e entusiastas da deposição de Dilma. Triste fim de (mais) um ex-comunista.

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