quarta-feira, 29 de junho de 2011

“Difundir a imagem da seleção campeã mundial não é sacrifício nenhum”, diz assessor da CBV

Por Murillo Victorazzo (matéria produzida na faculdade, em 2004, revisada recentemente)

Nos últimos anos, o vôlei brasileiro ganhou inúmeros títulos expressivos. Entre a medalha de ouro nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992, e o Campeonato Mundial, em 2002, cresceu e tirou do basquete o posto de segundo esporte mais querido entre os brasileiros. É nesse quadro que o jornalista Gilberto Pauletti, assessor de imprensa da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), trabalha para difundir cada vez mais a imagem da modalidade. “Nosso objetivo é tornar o vôlei um esporte de massa, apesar de já ser o segundo esporte mais praticado no Brasil”, revela esse gaúcho formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e com experiência nos mais diversos veículos de imprensa brasileira, da sua terra natal até Recife.

Apesar do Brasil ser um país cuja grande paixão nacional é o futebol, Pauletti conta que a CBV não tem somente um público-alvo. As crianças carentes merecem atenção especial. São elas o foco principal do projeto VivaVôlei, cujo objetivo é, através do esportes, introduzí-las na sociedade. Mas os praticantes amadores do esporte - principalmente os da terceira idade e os estudantes - também recebem cuidados, com a realização de competições. Isso é claro sem contar a “elite dos atletas”, representados pelas seleções adultas, juvenis e infanto-juvenis masculinas e femininas. “Trabalhar com as seleções adultas é o mais fácil, porque têm muito apelo. Difundir a imagem de uma seleção campeã mundial e Tri da Liga Mundial não é sacrifício nenhum”, brinca. Para atingir tal objetivo, explica, a CBV usa todos os tipos de mídia. “Mas é claro que usamos mais intensamente o noticiário de jornal e de TV”, ressalta.

Pauletti explica que ‘vender’o vôlei não significa promover somente as equipes de Bernardinho e José Roberto Guimarães e as competições principais. Afirma que o mais difícil, embora também muito prazeroso, é massificá-lo em áreas mais distantes. “Nossa prioridade é ser didático e dar muita atenção a esses locais”, diz. Como exemplos de dificuldades, cita os 12 campeonatos brasileiros de seleções juvenis e infanto-juvenis, divididas em Divisão Especial, Primeira e Segunda: “São torneios que se realizam em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e Castanhal, no Pará, por exemplo. É um esforço muito grande”. A dimensão de seu trabalho é proporcional à popularidade que o esporte ganhou e ao tamanho do País. Fatores que, segundo ele, propicia erros e acertos de comunicação a todo o momento. “Divulgar a Liga Nacional deste ano, com 71 equipes e jogos até no Amapá é o nosso grande desafio atual. Nem sempre temos bons resultados”, admite.

Pauletti trabalhou no Zero Hora (RS), Jornal do Brasil, O Globo e Correio Brasiliense, além da sucursal da revista Veja em Recife. Em Brasília, integrou a assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente e, no Rio de Janeiro, a do Banco Nacional. Esta experiência nos dois lados da relação mídia e assessoria faz com que ele conheça bem como conquistar espaços nos jornais e revistas. Justamente por isto é crítico quando questionado sobre estes veículos.“Há oportunidades em que a imprensa ajuda muito. Em outras, é até irresponsável. Mas, sem ela, não temos como divulgar nosso trabalho. Até porque cada caso é um caso”, opina, revelando a melhor maneira de obter sucesso: “Temos que ser sinceros e didáticos sempre. Mas é claro que trabalhar com o vôlei ajuda. Não há rejeição como poderia acontecer com algum produto comercial”.


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